Havana: Crises dos misseis


Havana: Crise Dos Mísseis 

Daylane Silva, 
Maria Cecília, 
Evelyn Vitória, 
Arielle Lopes,
 Nathalia Oliveira, 
Inês Santos.

Orientadores: Wagner Aragão Teles e Yuri Oliveira

Resumo: Este artigo tem como objetivo demonstrar e expor aos respectivos leitores sobre como ocorreu a Crise dos Mísseis em Havana, o ápice da guerra fria, da qual, por muito pouco, não acabou se tornando uma guerra nuclear. Também se refere a parte histórica e geográfica do local em questão.

Abstract: This article aims to demonstrate and expose readers to how the Missile Crisis in Havana occurred, the apex of the “Guerra Fria”, of which it narrowly became a nuclear war. It also refers to the historical and geographical part of the place in question.

Palavras-chave: Vegetação, Coordenadas, Relevo, EUA, Fidel Castro, Guerra Fria, Mísseis Nucleares, URSS.

Relevo

A ilha de Cuba está formada principalmente por planícies onduladas, com colinas e montanhas mais escarpadas situadas majoritariamente na zona sudeste da ilha. O ponto mais elevado é o Pico Real del Turquino com 1.974m. O clima é tropical, embora temperado pelos ventos Alísios. Existe uma estação relativamente seca de Novembro a Abril e uma estação mais chuvosa de Maio a Outubro. Havana é a maior cidade e a capital, e Santiago de Cuba e Camagüey são outras cidades importantes.

Clima de Havana

O clima da cidade é tropical (assim como todo o país). A temperatura mínima registada na província de Ciudad de La Habana foi de 2,0 °C em Santiago de las Vegas, no município de Boyeros. Além disso, há uma grande influência da proximidade ao mar sobre o clima, porque a corrente do Golfo passa ao longo de Cuba, fazendo as água quentes do Caribe se movimentarem. A precipitação é abundante em setembro e outubro. Os furacões que atingiram Cuba geralmente não causam grandes prejuízos à cidade, causando um pequeno dano à população na maioria dos casos.

Hidrografia de Havana
O número de rios é muito grande (mais de 200), mas todos de poucas importâncias, exceto o cauto, na província de Oriente, com quase 250 Km de extensão, 80 dos quais navegáveis. Merecem destaque, ainda, o salado (braço do Cauto), Sangua la Grande, o Damuji, o Caminar e o Cuyaguateje.
Abrange espécies características das Índias Ocidentais, da Flórida meridional, do México e da América Central.

Vegetação

Devido à grande presença de umidade, isso permite com que os solos produzam uma vegetação exuberante e variada (mais de oito mil espécies).
A vegetação inclui várias espécies de plantas tropicais e subtropicais. As florestas tropicais que cobrem a maior parte da ilha permanecem nas mais altas elevações. As savanas cobrem a maior parte das planícies onde existem várias árvores como palmeiras, pinhos, arbustos.
Grande parte da vegetação original foi substituída pelas plantações de cana-de-açúcar, café e arroz.

População

A população de Cuba inclui traços étnicos de povos europeus, africanos, asiáticos e indígenas. A raça branca é a dominante (73%), com forte ascendência espanhola.
O contingente negro é também muito importante (12%). Embora perdendo a sua primazia, os negros continuaram a aumentar em fins do séc. XIX e princípios deste, procedentes, sobretudo do Haiti e da Jamaica. Os mestiços representam 14% da população. Quanto os indígenas, pertencentes aos grupos cibonei e taino, foram praticamente extintos e meado do séc. XVI.



Suas Coordenadas são de 23° 07' N 82° 23' O.

História de Havana 

A cidade de Havana surgiu em 1519, somente alguns anos após a descoberta da ilha de Cuba, em 1492, por Cristóvão Colombo. No começo do século XVII se tornou oficialmente a capital cubana, e se mantém dessa forma até os dias atuais.
No decorrer dos séculos seguintes, ocorreram algumas das mais avassaladoras guerras envolvendo o reino espanhol, mas Havana permaneceu quase imune, ganhando, por esse motivo, fama como a cidade mais protegida do Novo Mundo. Posteriormente, durante os anos 1930/1940, a cidade teve um desenvolvimento urbano e populacional abundante e se tornou a única sede urbana de Cuba e das Caraíbas, Havana.

Em 1952, no momento em que o general Fulgencio Batista atingiu o poder (apoiado diplomática e militarmente pelos Estados Unidos), iniciou-se um período de forte ditadura política no país.
Batista instituiu um regime autoritário, corrupto e repressor, mandando prender os opositores, tendo o controle da imprensa e fazendo uma grande riqueza para si e seus aliados. Este regime que, alguns anos mais tarde (em 1959), acabou sendo derrubado por um ataque do movimento revolucionário liderado por Che Guevara e Fidel Castro.
Diante disso Fidel Castro assumiu o poder, e durante vários anos foi o líder querido do povo cubano. Atualmente o comando de Cuba está nas mãos de Miguel Díaz-Canel, porém antes estava com quem fez a revolução (Raul Castro), o irmão mais novo de Fidel (que renunciou o poder devido a problemas de saúde).

Crise dos Mísseis

Após o fim da segunda guerra mundial com os lançamentos das bombas de Hiroshima e Nagasaki. Os Estados unidos mostraram grande poder destrutivo, o que acabou provocando a corrida armamentista.
A URSS se lançou na busca pelo desenvolvimento de armamento nuclear e em 1949, os soviéticos fizeram o primeiro teste com uma bomba atômica.
A busca pelo desenvolvimento de armas nucleares foi umas das principais características que definiram a guerra fria. Em 1960, os dois líderes mundiais, John Kennedy (EUA) e Nikita Kruschev (URSS), travaram uma guerra tecnológico-militar.
Em novembro de 1961, os Estados Unidos situaram quinze mísseis nucleares na Turquia denominados “Júpiter” e 30 mísseis na Itália. Tais armas nucleares tinham um alcance de cerca de 2.400 km e ameaçavam Moscou de um suposto ataque. Com o início do embargo americano a Cuba, os Estados Unidos começaram a supervisionar o tráfego de navios à ilha caribenha, e com isso, perceberam um aumento de circulação de embarcações com bandeira soviética. Em 14 de outubro de 1962, aviões-espiões modelo U2 fotografaram a região de São Cristóvão. As imagens mostraram construções de bases e ogivas nucleares instaladas, inclusive com rampas que tinham como objetivo permitir o lançamento de mísseis, se assim acionados.
Para os Estados Unidos, era inadmissível ter mísseis nucleares tão próximos a seu território, (Turquia), enquanto para Cuba, as armas eram uma garantia que não haveria novamente uma invasão em sua localidade, pois já haviam sofrido bastante com o anterior. Assim, a URSS mostrava que poderia instalar armas no continente americano. Iniciaria, então, uma forte disputa entre os dois países.
Em 1959, durante o clima de guerra fria e de corrida armamentista, ocorreu a revolução cubana, que foi um movimento liderado por Fidel castro e Che Guevara da qual derrubou o ditador cubano Fulgência Batista. Em 1961 Fidel Castro aderiu ao comunismo internacional, estreitando, assim, vínculos com o bloco soviético. Devido Cuba ser uma ilha geograficamente estratégica, os soviéticos viram como uma oportunidade para estabelecer bases de mísseis nucleares que ficariam apontados para diversas cidades dos Estados Unidos.
Neste mesmo ano de 1961, houve a invasão da Baía dos Porcos, que foi quando Cuba sofreu uma ação contra-revolucionária por parte de cubanos exilados nos EUA, treinados pela CIA, porém essa ação não foi bem sucedida, e acabou gerando a Batalha de Playa Giron. Os contra-revolucionários foram derrotados, e então, cuba cedeu espaço para a instalação dos mísseis balísticos soviéticos. Após a descoberta da base de mísseis nucleares, de médio alcance e com grande poder de destruição, pelas forças armadas dos EUA, o presidente Kennedy e seus comandantes optaram por não fazer nenhuma ação ofensiva e estabelecer um bloqueio na ilha, ao mesmo tempo em que procurava negociar com os soviéticos para conseguir uma solução pacífica, na qual não fossem necessárias mortes e uma Terceira Guerra Mundial. Por outra parte, o Estado-Maior americano teve preferência a uma invasão à ilha caribenha ou um ataque aéreo preventivo, dessa forma, recusando um acerto pacífico. a Marinha americana iria investigar e revistar os navios de bandeira soviética e aqueles que possuíssem armas seriam mandados de volta ao porto de origem. A iniciativa foi apoiada pela OTAN (Organização do Tratado Atlântico do Norte).
Em Cuba, a população foi às ruas no intuito de defender a Revolução e criticar o que julgavam uma intervenção em seus assuntos internos. Igualmente, o exército cubano se uniu, aguardando uma invasão americana.
Quanto à URSS, o presidente Nikita Kruschev (1894-1971) não dava indícios de que recuaria ou desistiria do ataque. Inclusive, solicitou aos cubanos que disparassem em grupo de aviões que sobrevoassem o país.
Somente em 26 de outubro, os soviéticos ofereceram outra solução, já que os EUA se sentiam ameaçados com a base de mísseis em Cuba e a URSS se sentia ameaçada pela presença de mísseis americanos na Turquia, eles se comprometeriam a retirar os mísseis, caso os Estados Unidos não invadissem Cuba.
Quando pensavam que a tensão estava acabando, no dia 27 de outubro, um avião U-2 foi derrubado pelo exército cubano, provocando a morte do piloto.
Esse dia ficou conhecido como "Sábado negro", onde a crise dos mísseis chegou ao ápice, ou seja, chegou muito próximo de uma guerra nuclear.
No dia seguinte a esse acontecimento, no dia 28 de outubro, após negociações, a URSS decidiu que tiraria os mísseis de cuba com a condição de, os EUA não tentariam invadir cuba e que os EUA retirassem os mísseis da Turquia.
Conclusão
A crise dos mísseis foi um acontecimento cheio de impasses e riscos, precisando de muita diplomacia para conter um possível desastre mundial, juntamente com mortes desnecessárias e o fim dos países envolvidos. Teve toda uma estratégia Cubana para seu território estar protegido de possíveis ataques e invasões, enquanto os Estados Unidos acabaram por se sentirem ameaçados, devido mísseis estarem próximos a seu território. Graças a solução que veio da parte da URSS toda essa tensão foi dando rumo à um possível "pacto" entre os dois países. Eles resolveriam a questão dos mísseis caso os EUA não invadissem o território cubano, porém, ainda ocorreu o momento que por muito pouco não deu início a guerra que a URSS tentava evitar. O que aconteceu foi a derrubada de um avião dos EUA, que provocou a morte do piloto. No entanto (felizmente) após um dia dessa tragédia, depois de negociações a URSS decidiu tirar os mísseis cubanos da Turquia, e como parte do acordo, os Estados Unidos tentariam mais invadir Cuba. Assim foi resolvida a chamada “Crise dos mísseis”, graças à disposição dos países para concluir um acordo e o cumprimento de ambas as partes. Dessa forma, foi evitada a possível Terceira Guerra Mundial e uma Guerra Nuclear.


Referências:


https://passaportetuga.wordpress.com/2014/11/19/havana-a-cidade-os-monumentos-e-um-pouco-de-historia/

https://www.infoescola.com/historia/crise-dos-misseis-de-1962/amp/

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Havana

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geografia_de_Cuba

https://www.suapesquisa.com/paises/cuba/geografia_cuba.htm

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